Educação Audiovisual e currículo, reflexões sobre sua formação
audiovisual, como educador.
“Há uma identificação crescente entre tecnologia educativa e didática. O objetivo desse encontro é a otimização dos processos comunicativos existentes no trabalho didático, na medida em que a tecnologia educativa almeja humanizar a educação e não o contrário – desumanizá-la pelo uso das tecnologias. (mídias na educação-TV e Vídeo)”
Há muito se vem utilizando recursos audiovisuais nas escola. Primeiramente, chegaram a televisão e os vídeos. No entanto, não foi apresentado a classe dos docentes conhecimentos que diferenciam a tomada dessa tecnologia com um processo que desencadeiam discussões e forjam processo de humanização . Esperava-se também, que a introdução desses equipamentos além de auxilar os professores nas dinâmicas educacionais, favorecessem evoluções de conhecimentos eficazes.
Portanto, tendo em vista, o baixo índice do processo do conhecimento nas escolas e, também, o desinteresse do aluno no espaço escolar, enquanto um ambiente de ensino e aprendizagem, se fez notório que a mera introdução desses recursos, não atingiu seus objetivos.
O que vem ocorrendo, em muitas escolas, é o abandono desses equipamentos, por falta, não somente de orientação do uso do vídeo e da televisão discutidos com base nos currículos, mais principalmente, por falta de ambientes adequados para sua utilização. Por muitas vezes, o uso desses equipamentos tem se tornado um transtorno, tanto para o professor e aluno, que passam nos corredores carregando pra cima e pra baixo aqueles equipamentos, causando danificações e desconfortos à todos.
“Mas não se pode negar a presença e a importância que a tecnologia tem tido para a vida humana. Logicamente, tal presença deve ser considerada em sua dialeticidade social, assim como para se introduzir a tecnologia no currículo escolar há que haver a consideração da dialeticidade social também da escola. Como fala Mehedff: ...hoje, pensar em um cidadão que não tenha a necessária participação tecnológica é pensar em um cidadão alienado e sem a possibilidade de entender em que sistema econômico ele está vivendo ou sobrevivendo. (MEHEDFF, 1996: p.147)
De certa forma, a vontade de todos é inovar, perceber resultados, até mesmo, por que não dá mais para ensinar apenas com o uso das velhas tecnologias. Alunos e professores sentem se insatisfeitos por saber que as comunicações evoluem de forma aceleradas, dinâmicas e, a sua não utilização acabam frustando, estressando diretamente os seres envolvidos.
Estudos anteriores, nos mostraram que o processo inovador na educação, não passam somente pelo uso das novas tecnologias, o intuito aqui não é a mecanização, uma ação tecnicista quanto ao uso desses equipamentos. Discussões essas perpassam por ações que desencadeiam uma reviravolta na base estruturais do processo de ensino e do aprendizado. Com exemplo, é indicado aqui as novas formas de ser perceber os parâmetros curriculares onde norteiam para essa mudança: “Professores, alunos e administradores podem avançar muito mais em organizar currículos mais flexíveis, aulas diferentes. A rotina, a repetição, a previsibilidade, tudo isso é uma arma letal para a aprendizagem. A monotonia da repetição esteriliza a motivação dos alunos”. (José Manuel Moran).
Outro ponto de partida, está na clareza das palavras da educadora Maria das Graça Moreira da Silva quando menciona sobre currículos e práticas educacionais. "A discussão sobre novos currículos e práticas educacionais torna-se fundamental neste cenário, pois de nada adiantaria trocar a roupagem de velhas prática."
Não se entende por currículo "grade curricular" que aprisiona um conjunto de disciplinas e dita os tempos e espaços escolares em pequenas unidades, muitas vezes desconexas. Mas os novos currículos estão relacionados ao currículo moldado pelo professor (SACRISTÁN, 2000) que se transformam e se formam na ação, dando lugar a novas aprendizagens.
Eliane Lima